Os outros

Nascemos para tanto...
E dar relevo a tudo?
Somos tão dependentes...
talvez até querermos.

Os outros? São inibidores,
só sentes se fores.

Há um momento,
que suscita aquele aperto,
que nos trás cá para fora
que nos diz, É agora!
E nos dá voz.

Um grito de alma,
a palavra do Eu,
mostranos como é ser,
como é simples viver.

E soltamos lágrimas...
todas elas de desejo.

Cada acto nosso
deve transbordar
o nosso nome.
É ele que devemos chamar
mesmo que pareça
estar a acabar.

Não interessam os outros,
nem se os ultrapassamos...
Apenas como voamos.

Questiono a força das
minhas palavras...
Se valem o que sinto
ou desminto...
Aquelas que são para mim
porque as para os outros...
AHAHAH o que interessam
eles para mim!

...

Amor é tudo
é nada,
é a alma
apertada

É o eterno
da vida
o apagar
da morte.

É o sol
que brilha
no escuro
de cada dia.

É o peito
A partir
para alguém
o unir.

É dar mais
é pedir menos,
é viver
sem medo morrer.

É ser feliz
por aluguer.
É dar folga
ao Eu.

É enlouquecer
por não esquecer
é sofrer
a valer...

Mas vale
a pena...
existe
paz.

Amar
é ser livre
é andar
á chuva
de cabeça
nua...

É ser Infinito,
Agir por instinto!

Intrepertação do diferente

Não sabe como dizer,
talvez a sussurrar...
Evita o olhar,
deseja um ter!

Por tudo passas...
O palpitar abre asas,
o toque é um sonho
o falar preso ponho!

A um opaco sentimento
desejo dar luz...
Mas não consigo dar alento
pois o escuro o seduz!

Uma ilusão de pensamento,
um descabido recordar,
um suspiro da natureza,
um fim de desesperar...

O sugar de um sorriso
ao triste dá lugar...
Um fim seria acertado dar,
mas o começo, eu aviso...

Um quente que faz flutuar
o ridiculo faz entoar.
O grito acaba por soar...

Quando?
Quando este crepusculo acabar...

Uma revolta

É dificíl de perceber,
que as pessoas
não acumulam felicidade,
e que esta apenas influência
o nosso estado de espírito?

É dificíl de perceber,
que não somos todos iguais
e que por isso, não podemos
impor hábitos banais
uns aos outros?

É dificíl de perceber,
que por uns quererem respostas,
os outros podem não
as querer dar?

Que vida chata,
monótona e hipócrita
que as pessoas querem levar...
Não percebem que nem todos
a têm de abraçar?

Se acabassem com os falsos cliches
em vez de os acentuar...
Se deixassem quem quer passar
de desprecebido,
em vez de fazerem alarido...
Se não implicassem com quem simplesmente
não lhe apetece olhar...

Para que constantes e
persistentes atenções,
que tantas vezes
são feitas de
enganosas emoções?!

Para que a busca
incessante de um sorriso
como se fosse preciso?!

Dar lugar a sentimentos
menos apreciados,
não quer dizer que,
o pobre é alguém deprimido!

Discreto

Passas-me ao lado
como um toque inesperado.
Mas nem por isso te deixo
de olhar por cima do queixo...

É nesse momento
que desejo que haja um a sós...
Mesmo sem consenso, sem consentimento,
deixa-me ouvir a tua voz.

Como se impossivél fosse,
descarto o tempo de olhar.
Como se im possivél fosse,
esqueço para não me magoar...

Mas volto a recordar
mesmo querendo desprezar...
Passo sempre por cima
à procura de um clima.

Tento simples coisas
Que não são correspondidas,
Como se a jogar ás escondidas
para não me perguntares, como ousas...

Invento mais do que sonhos
imagino se não me desprezasses...
ficaria preso sem vida,
até que me desamarrasses

Mais uma tentativa...
Mostrar-me seria bom,
como pessoa negativa
acho que não verias um dom.

Porque é assim

Quero sonhar
que não é um sonho...
Sentir a sensação,
LIvrar-me do peso...
Em busca de ambição.

E se me deres a mão
procurar vai ser tão
mais fácil,
que me vou sentir
como uma ave no céu ágil!

E se na flora se esconder
então eu fico até ela querer...
Se no escuro não exitar
não deixo de me apaixonar.

Sobre o mar
gostava de pairar,
mas no sonho que sonhei
não foi assim que me tornei...

Inútil ou despensável,
é sempre algo afável.
Por isso deixo me estar
até alguém me amar...

Enaltece

E difícil pagar as dividas
quando a elas não são dadas
as valias devidas!

Fica mais facíl suspirár
quando é ao amigo que temos de pagar.
Mas a consciência vai-te falar,
e só depois vais aliviar...

Não devas amor,
porque esse é como uma flor,
Nasce onde quer,
venha quem vier!

Deve ódio...
Esse que atrapalha cada episódio,
que acaba por com tudo acabar
se ninguém o desprezar.

Retribui sorrisos
mesmo a quem te da risos,
não ligues aos inimigos,
procura verdadeiros vizinhos...

E se nada conseguires...
garante que nao há nada
para te redimires,
porque um olhar bem alto,
ajuda-te a dar o grande salto,
para saires da vida sufocada...